O sono é um individuo curioso. Está lá, manifesta-se fisicamente no nosso corpo, até abrimos a boca repetidamente para ver se ele sai e, uma vez que não o faz, lá nos deitamos para o contentar e ver se ele se apazigua com umas boas horas de olhos fechados, cérebro em descanso, corpo a recuperar energias.
O pior é que este personagem também é caprichoso. Pois sim, não me prestaste atenção assim que a pedi, não é verdade? Ora pois então agora que queres dormir vou despertar-te, colocar-te alerta, lembrar-te o que te aconteceu durante o dia, o que devias ter feito e não cumpriste, o que tens que fazer “para ontem”, aquela conversa que não devias ter tido, as palavras que disseste a mais, ou, mais vezes ainda, que disseste a menos, etc, etc e etc… De repente parece que aqueles minutos ou horas antes de dormir abarcam toda a nossa vida, tudo nos passa na frente dos olhos. E ele, o tal sono, de teimoso, não verga, não ajuda a fechar-nos os olhos, a desligar, ainda que por pouco tempo, da vida!
Vá lá rapaz, sê amiguinho! Namora a insónia, entendam-se, apaziguem-se e deixem dormir as pessoas… enfim, coisas dela, ao fim de um dia com mais de 24 horas!
