O SPA

17-07-2014 22:39

Terça feira, 1 de julho de 2014

Aqui onde se encontra, pouco ou nada tem para fazer. Como tal, mesmo sem o querer ou planear, a mente divaga.

A cama sobe e desce, levanta a cabeceira e eleva as pernas, tudo para um descanso perfeito… trazem-lhe o pequeno almoço à cama, bem como todas as outras sucosas refeições… tem um duche, onde até pode tomar banho sentada, se tal lhe aprouver. Uma ventana deixa antever a paisagem arborizada que emoldura a metrópole desinquieta.

A companhia é anónima, gente que entra e sai para visitar clientes do “SPA”, outros que ficam e dormem languidamente, durante todo o dia, em modo cura de sono e outros ainda que imitem sons de desconforto… talvez os tratamentos não sejam zen o suficiente… ou isso, ou têm dores. O tratamento, esse, é sadio. Gente preocupada e atenta, que se move pelos corredores interiores de um edifício retangular e gigante, com pequenas janelas onde gente espreita, momentaneamente privada da possibilidade de andar na inusitada chuva de julho…

Não fosse o exíguo pormenor de aqui estar há dois dias e ainda não ter sido submetida ao exame que veio fazer… e o pormenor de “isto” ser num local importuno da perna, que lhe dá um certo pesar ao passo… e ainda o outro ínfimo pormenor de não saber porque lhe deu isto… e aqueloutro de que vários elementos do espaço cósmico parecem combinados para que muitos acontecimentos surreais se lhe sucedam ultimamente… Não fosse tudo isto e os dias de “ripanço” num “SPA” cinco estrelas, a preços de ocasião, seriam extremamente bem vindos.

E é isto… alguém vai ler isto, colocado numa página de facebook, companhia que anima as horas que não passam. E ela cá fica, esperando o dito exame, que a vai “por nova e fina”. Os outros aguardam o mesmo, sair inteiros e prontos para o Estio que tarda em chegar…

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