Há aqueles dias, aqueles momentos, em que um pequeno gesto de alguém, um esgar involuntário ou um sorriso aberto, uma qualquer reação física, verbalizada, assistida ou intuída, presencial ou virtual, nos fazem a maior das diferenças. Em qualquer outra hora a tal atitude não teria o menor efeito em nós. Mas naquela hora, naqueles minutos em que há muitos segundos algo não está bem, uma pequenina atitude de outrem tem um gigantesco efeito em nós. É assim no trabalho, nas amizades, no amor, em toda e qualquer relação entre pessoas, com as nossas pessoas.
Não somos sempre imunes a coisas sem importância, não estamos sempre a ver o lado rosa de todas as relações, quaisquer elas sejam, e nesses segundos, esses gestos magoam, relembram o que não que ser recapitulado, reavivam medos e ansiedades. Mais tarde “passa”, nos mesmos ápices de segundo em que o sentimos. Mas por momentos aquilo moeu, doeu, alegrou, fez-nos sorrir, ou deixou-nos tristes com um invisível saco de lágrimas na garganta. E depois? Depois a vida segue, imune a milimétricos momentos de desânimo ou euforia.
