Inaceitável...

20-02-2016 21:41

    Num rompante, no intento de ir brincar para a pequena piscina insuflável colocada no jardim, correu de perto da mãe e atirou-se à estrada. O pai atravessava a rua para abrir o portão e a mãe conversava com uma amiga quando viram o carro embater nas pernas pequeninas do filho e levantá-lo por cima do capô. Foram momentos de desespero profundo, ali com os pais ao pé, um menino que nunca por nunca largava as mãos aos pais e acontece isto. O seu filho ficou bem, graças a Deus e a todos os anjos que o protegeram. Ela e o pai do menino apanharam o susto da vida deles e sofreram muito até ver que a criança estava bem. Ainda hoje o recordam…

    Felizmente o condutor vinha devagar, felizmente o menino caiu bem, felizmente nada partiu ou torceu, felizmente não era para acontecer nada pior. Foi horrível, doloroso, desesperante, inqualificável e eles nada puderam fazer para o evitar!

    Hoje ao ouvir notícias de pais que deixam crianças sós em apartamentos durante a noite, propiciando acidentes fatais, ou de mães completamente perturbadas que cometem loucuras repugnantes para quem é estável e matam filhas inocentes, não consegue ficar indiferente e revoltada. Os pais querem, têm que querer, tudo de bom para os filhos. Querem a vida deles acima da sua.

    Não é julgamento leviano aquilo que pretende aqui fazer. Nunca conhecemos todas as cambiantes das histórias que vão sendo vividas e nos são narradas no dia a dia. Mas a mera noção de tirar a vida a um filho, de o colocar deliberadamente em perigo é algo de tão monstruosamente impensável que custa concebê-lo. Gente má, perturbada, doente, egoísta, sabemos lá como serão estas pessoas… mas um filho merece tudo, está em tudo, tem que ser protegido de tudo. Acidentes acontecem sim, connosco ali! São pavorosos e mortificantes, mas acontecem! Incidentes, com filhos, isso não, não pode acontecer!

    A mente humana é mesmo um poço fundo, negro, insondável e inexplicável… Para quem está de fora o sentimento será quiçá o mesmo do dela, a incompreensão total perante histórias destas que se repetem e multiplicam. A quem passa por tal, a quem se encontra perdido e sem rumo para agir desta forma, ela deseja que sejam ajudados, não por si, porque afinal e na realidade há mesmo pessoas más e muitas talvez “sem arranjo” possível! Mas pelas crianças, pelos filhos que são o melhor do mundo e merecem, sempre e acima de tudo, a vida que lhes foi dada!

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