Esperança!

30-01-2016 23:00

    Há tratados sobre a perca de um filho! Há dissertações emocionadas, descritivas, vividas e vívidas do que se sente! Ela não consegue nem imaginar a dor no peito, o tudo que se deve sentir!… Quando dizemos que compreendemos a dor do outro, que sabemos aquilo que está a passar, não fazemos a mínima ideia do que iteramos. Ninguém sabe o que é a dor, uma qualquer dor, até passar por ela. Temos simpatia com a mágoa alheia, imaginamos o que se sofre no pior cenário possível, somos solidários, porque humanos, muitos de nós, a maioria assim ela o deseja e sente! E porque amamos os outros que estão a sofrer. Mas não, não sabemos o que as “coisas” são, até as vivermos! E queira Deus que não tenhamos que viver muitas delas.

    Como ultrapassar, assimilar a dor, esta em particular de ver partir um filho, é inexcedivelmente inconcebível de opinar, de aconselhar. Pensa nestes pais, espera conseguir transmitir-lhes força e luz e ama ainda mais, como se tal fosse possível, o seu filho e os de quem lhe é próximo. Ela continua a ser otimista, a fazer muito e tudo para o ser. Julga os outros, mesmo sem o querer racionalmente, refila e diz coisas e depois arrepende-se, mas acredita sempre que as coisas vão melhorar, que a vida vale a pena ser vivida, que tudo pode melhorar. Em dias de perca não é fácil sentir isto… para quem está envolvido, que perde, quem fica sem, não se sente muito e sente-se tudo ao mesmo tempo. E aos poucos, muito aos poucos e lentamente, a dor ameniza, não diminui, mas, pensa ela, sabe ela que já perdeu alguém, ameniza. Que assim seja. Força e esperança, muita, a quem sofre! 

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