Errar é humano!!! (??)

16-12-2016 16:08

 

    Errar é humano! Quem é ela para o criticar, erra, errou e errará. Faz parte, está no ADN, é intrínseco à condição humana. Mas sabem aquela sensação de que os erros são todos connosco, i. e., que nos afatem “só” a nós?

    O filho dela foi hoje fazer uma ressonância magnética. Para quem nunca fez uma ou sequer viu o “aparelhómetro” onde somos literalmente enfiados, ela só consegue descrevê-lo como algo saído de um filme de ficção científica, uma roda gigante com luzes de néon que anda de forma circular em volta do nosso corpo. Faz barulho, daí termos que usar tampões nos ouvidos, a sala é fria, daí o cobertor por cima do corpo, e, além de nos prenderem o corpo para que fiquemos imóveis, ainda nos colocam uma máscara de ferro por cima da cara…

    Não é bom! Claustrofóbico. Mas faz-se… Quer dizer, um adulto sabe que tem que obedecer e pronto, gostando ou não, aguenta. Para uma criança de 14 anos, ainda que com 1m76cm e a calçar 43, aquilo é assustador. Por isso a médica lhe disse que ele faria o exame com anestesia. E agora cá aparece o nosso amigo erro. Na consulta de anestesia trocaram as fichas e iam preparar o miúdo para fazer uma circuncisão… Confusão esclarecida, lá ficou estabelecida que anestesia levaria e como o exame se iria desenvolver. Hoje, surpresa das surpresas, novo erro. A técnica “não reparou” que o adolescente tinha que levar anestesia, e a marcação foi feita sem a dita. A criança entrou, a mãe não pode entrar “porque ele é grande”…

    Uns minutos depois a mãe é chamada. Ele está nervoso, naturalmente, mas sossegadinho, só os olhitos o traem… Ao chegar à sala a mãe vê-o já de bata azul, tapado com um cobertor e “preso”, pronto para entrar na máquina. Pergunta à técnica se ele adormecerá em breve e ela responde: Ele não vai levar anestesia! A mãe lá esclareceu que sim e após alguma insistência a senhora foi verificar ao computador e lá estava tudo: o pedido do exame; a recomendação de que devia fazer o exame com anestesia; a consulta de anestesia… TUDO!

    Ainda se insistiu para que o J fizesse o exame assim! Claro que depois de tudo isto e de estar ai metido o miúdo estava nervoso… Seria impossível manter-se imóvel. E a senhora lá admitiu que errou, desfez-se em desculpas, e disse que outro exame seria marcado mais tarde. Não havia anestesista para cumprir o pedido anterior… Pronto… e agora? Nada a fazer… Foi mais uma manhã de espera, ansiedade e resultados nulos. Volta depois para fazer o exame!

    E o erro? Lá se fez, não se desfez, remediou-se! Está bem, ela também erra. Mas isto é saúde, vida das pessoas, e curiosamente várias vezes com os mesmos! Haja boa disposição e espírito da época para aguentar. Ela ficou triste, revoltada interiormente: paralisia cerebral, epilepsia, gerem tudo isso, aprenderam a fazê-lo. Mas agora também exames trocados? Irra filho, valha-nos o Karma…Ela sabe que há coisas piores... e há melhores! Isto é a coisa" dela e do filho e do pai do filho... Chateia!

P.S.: O exame foi remarcado, com rapidez estonteante, sms mal ainda tinham saído do hospital. Para a próxima é de vez! :)

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