Céu

24-07-2014 18:05

 E de forma inesperada, num país mergulhado em enigmas mil, aquela densa e impenetrável manta de algodão cinzento-escuro oprimia o céu azul há numerosas luas consecutivas, sugando as forças de todos quantos sob si deambulavam.
Semelhando zombies, levan
tavam-se, trabalhavam, realizavam as suas tarefas diárias. Os olhos dos habitantes ganharam opacidade, e a chuva quotidiana preencheu-lhes os dias, em casa, escola, empregos, meios de comunicação social, de tal forma que, aos poucos, foram obliterando recordações de dias doirados com sabor a mel.
E nisto, num qualquer final de dia, a luz rasgou o manto e revelou o azul da esperança.

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