A vida da escrita!

13-10-2015 15:59

    A vida devia ser como ela a escreve… como qualquer escritor, ou aspirante a isso como ela, a “escritora”, a grafa.

    Ela, a vida, a dos dias que vivemos sem os sentir, devia estar repleta de frases curtas, palavras concisas, parágrafos que arrumam certeiramente pensamentos desordenados e pontuação que confere ênfase ao que ter que ser enfatizado, interroga o que tem que ser questionado, prolonga aquilo a que as reticências são aplicadas e conclui definitivamente o que tem que terminar, com um redondo ponto final.

    Naquilo que escreve há amor, saudades, bons e não tão bons momentos, memórias que aquecem, outras que fazem despontar uma lágrima teimosa. Coisas que vive, vê viver, imagina, cria, congemina serem desta ou daquela forma.

    Na recôndita gaveta do cérebro, aquela que constrói castelos, que deseja, sonha, que recorda, que retrata o que vê, tudo é possível. Do longe se faz perto, do nada muito, das palavras a existência…

    Vive na escrita, e a escrita vive nela, mesmo não escrevendo tudo aquilo que vive ou imagina querer viver, nem mesmo aquilo que vive e não pode nem sabe escrever! E hoje, enquanto vai vivendo o dia sem grande vida, escreveu!

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